7.12.04

A Nau Guarulhense

Hoje eu fui fazer uma visita a um cliente meu, no laboratorio Aché.
Para quem nunca foi lá, a planta da fábrica é enorme, da para se perder la dentro.
Por isso mesmo, quando se faz uma visita lá, na portaria vc informa o nome da pessoa com quem vai falar e o setor correspondente, e uma van da Aché lhe deixa no respectivo setor.
Pois bem, na hora de voltar, pedi para a recepcionista da Engenharia Industrial (setor que eu estava visitando) chamar a van para me levar a saida da Aché, só que até a van voltar, leva alguns minutinhos, nesse interim, não pude deixar de notar a conversa das duas recepcionistas, uma delas gravida...
A garota que estava gravida, tinha chegado a pouco tempo, pois tinha ido pela manha ao médico (presumo que pré natal) e estava narrando o seguinte fato:
Ela estava em um ônibus da viação Guarulhos, ônibus não, na verdade micro ônibus (que são horriveis!, uma pessoa alta praticamente não consegue sentar, dada a falta de espaço entre os bancos) e este por sua vez lotou... só que havia um senhor que precisava descer, e lá vai o jovem senhor tentando passar...faltava a este senhor um pouco de tato e gentileza, pois ele ia empurrando mesmo para fazer seu caminho, até que chegou a um ponto que encontrou uma senhora tão turrona quando ele...vendo que era fisícamente impossivel passar no corredor com aquela senhora no caminho, lançou essa pérola das boas maneiras:
- A senhora poderia por favor tirar esse barrigão para o lado, para eu passar?!
A senhora respondeu de imediato:
- Passa aí! da para passar!
O Senhor tentou passar, descontando na menina do outro lado do corredor, conta a minha testemunha ( a menina da recepção) que o individuo empurrou o corpo em cima da menina, para tentar passar, esmagando a tal contra a barra de ferro dos banco, a garota tambem logo protestou:
- Oqqqqq?! calma ai senhor! quer me partir em duas?!
- Ela falou para eu passar! resmungou o senhor apontando para a Senhora barriguda
- Mas não é assim que se faz não, tem que ver direito como vc passa, não tem só ela no ônibus!
- É, mas eu tô operado minha filha, não posso encostar meu peito em nada!
A garota respondeu de imediato, em outra pérola natural:
- E daí, eu não tenho um rim!!!
Após isso, houve uma mobilização geral dos passageiros do ônibus, todos se espremendo um pouco mais para permitir a passagem do senhor atraves da dona tida como barriguda, e da garota sem rim...

Foi um relato realmente insolito, me fez lembrar a Nau que levava a alma dos pecadores para o inferno, segundo um livro de um escritor português do nosso passado, eu não lembro o nome do livro, mas o autor era Camôes eu acho...li obrigado esse livro no colegial...

Um comentário:

Anônimo disse...

Eita Fábio, a gente passa por cada clássico em ônibus q ninguém merece.............já passei por váriasssssss, ônibus, metrô, de Sampa entaum......rs

Bjossss
Lívia